quarta-feira, 16 de março de 2011

Carioba

O Complexo Vila Carioba, em Americana, foi tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). O complexo corresponde a Igreja São João Batista, Indústria Fiomatex (antiga fábrica de fitas e elásticos), antigo grupo escolar, antiga sede da Associação de Mútuo Socorro, toda a residência Hermann Muller (incluindo casa do caseiro, antiga garagem e antigo celeiro, tratamento paisagístico da piscina e terreno vizinho), residências do conjunto da vila operária, açougue da caixa d’água, usina Cariobinha e conjunto de galpões de fábricas têxteis.

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Hidrelétrica de Carioba. Foto: Caleb Araujo

Hidrelétrica de Carioba. Foto: Caleb Araujo
Hidrelétrica de Carioba. Foto: Fábio Ortolano
Hidrelétrica de Carioba. Foto: Caleb Araujo 
Hidrelétrica de Carioba. Foto: Caleb Araujo

Hidrelétrica de Carioba. Foto: Caleb Araujo

Hidrelétrica de Carioba. Foto: Caleb Araujo


Hidrelétrica de Carioba. Foto: Fábio Ortolano

Ribeirão Quilombo. Foto: Fábio Ortolano
Casa de Cultura Hermann Müller. Foto: Fábio Ortolano
Antiga Fábrica de Tecido de Carioba. Foto: Fábio Ortolano
Ruínas "Castelinho". Foto: José Eduardo Angelini Milani
Coleção Carioba. 
Fonte: Americana conta sua história em fatos e prosas. 
Autores diversos. 
Igreja São João Batista. Foto: Portal da Prefeitura de Americana
Em 1925, os moradores do Bairro Carioba fundaram uma comunidade católica dedicada a São João Batista e construíram uma pequena capela entre as casas da colônia, junto ao Ribeirão Quilombo. O povo operário, motivado pela fé, realizava celebrações pela devoção aos santos, como a coroação da imagem da Virgem Maria e procissões em louvor ao padroeiro, João Batista. Com a prosperidade da Fábrica de Tecidos Carioba e o crescimento do bairro, a capela à beira do Quilombo ficou pequena para acolher a todos. Em 1946, o local escolhido pelos moradores é a estrada que levava a antiga leiteria, o ponto mais alto e visível do bairro.
Em 29 de junho de 1947, foi lançada a pedra fundamental na presença do Sr. Bispo Diocesano de Campinas, Dom Paulo Tarço. Em 1949, foi realizada a primeira Santa Missa na Capela, ainda inacabada, sobre o altar mor em mármore branco. Nos anos seguintes, todo o acabamento foi concluído e a capela passou a abrigar celebrações solenes.  Em 1971, uma ampliação foi feita nos fundos do prédio, com a construção de um barracão e um grande forno à lenha. A vida na comunidade foi intensa até 1976, quando veio a crise, a Fábrica de Tecidos foi fechada e o bairro foi desocupado. Em 1994, os antigos moradores do bairro se reuniram e ressurgiu a comunidade. Entre os anos de 1996 a 1999, voltou a acontecer a festa do padroeiro e a capela passou por uma grande reforma, com a recuperação do telhado e a construção de um galpão para eventos. Fonte: Portal da Prefeitura de Americana.
Antigas Fábricas de Tecido de Carioba. Foto: Luiz Ardito

Antigas Fábricas de Tecido de Carioba. Foto: Fábio Ortolano


A Fábrica de Tecidos Carioba foi uma das primeiras tecelagens paulistas, fundada em 1875 pelo engenheiro William Pultney Ralston, associado aos irmãos fazendeiros Antonio e Augusto de Souza Queiroz. Em 1884, a tecelagem é adquirida pelos irmãos ingleses Clement e George Willmot, que a ampliaram, fazendo algumas melhorias, e iniciaram a construção da Vila Operária. Também foram eles que em 1889 a batizaram como Fábrica de Tecidos Carioba, palavra que em tupi significa "pano branco". Após a abolição da escravatura, em 1888, os irmãos ingleses, que também eram proprietários da Fazenda Salto Grande, ficaram endividados com o Banco do Brasil e acabaram falindo em 1896, passando a fábrica por um hiato de cinco anos, até ser leiloada em 1901. No leilão, a fábrica foi comprada pelo alemão Franz Müller em associação ao seu irmão Hermann Theodor e o inglês Rawlinson, formando a firma Rawlinson e Müller & Cia. A intenção inicial do Comendador Franz Müller era de recolocar a fábrica em funcionamento para em seguida vendê-la. Mas acabou se mudando com toda sua família para o local. Começaram, então, os investimentos no bairro da Carioba com a reabertura da fábrica, ampliação dos salões e reabertura da Vila Operária. Em 1919, havia uma produção de sete milhões de metros quadrados de tecido de algodão que empregava 720 operários e contava com 215 moradias; em 2000 o número de funcionários subiu para 2 mil. Para que toda essa expansão tivesse êxito, foi construída, entre os anos de 1907 a 1911 (ano de funcionamento), a usina hidrelétrica nas águas do Rio Atibaia, na Fazenda Salto Grande, para geração de energia para o bairro. Em 1935, após a venda da usina para a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), o Comendador constrói a Barragem da Cariobinha para geração de energia para o Bairro Carioba, a Vila Operária e as fábricas. Após a morte do comendador Müller, quem assumiu a direção foi seu filho Hermann. Devido à Segunda Guerra Mundial, o bairro Carioba e as fábricas foram vendidas para o Grupo JJ Abdalla, que inicialmente promovia a expansão da vila e das fábricas, mas devido a não conseguir vencer a concorrência começou o declínio de Carioba. Fonte: Portal da Prefeitura de Americana.


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